FAQ - Perguntas e Respostas Sobre a Tecnologia Bioas

Nem sempre as alterações nas propriedades químicas, em particular os teores de Matéria Orgânica do Solo (MOS), são capazes de identificar as modificações que ocorrem no solo em função da adoção de novos usos ou sistemas produtivos. Assim, a grande vantagem da BioAS é que as enzimas, sendo mais sensíveis que a MOS, detectam com antecedência alterações que podem levar à melhora ou piora da saúde do solo em função do seu uso e manejo. Por exemplo, quando as enzimas indicam a piora da saúde do solo, gera-se uma oportunidade de revisão do sistema de manejo de modo a evitar, no médio a longo prazos, redução da MOS e possíveis perdas de produtividade.

É importante destacar que a BioAS é ofertada ao mercado pelos laboratórios habilitados pela Embrapa, como a GenomaA Biotech,  e que os dados obtidos nas determinações laboratoriais de cada amostra de solo são interpretados pela própria Embrapa, por meio de um sistema de algoritmos baseados em parâmetros obtidos a partir de uma rede de experimentos científicos realizados em diversas regiões produtivas (atualmente abrangendo o bioma Cerrado e o estado do Paraná). Estes parâmetros são progressivamente aperfeiçoados conforme o avanço das pesquisas, de modo que os resultados das análises de solo entregues aos clientes consistam em laudos de alta qualidade e consistência técnica.

Nem sempre as alterações nas propriedades químicas, em particular os teores de Matéria Orgânica do Solo (MOS), são capazes de identificar as modificações que ocorrem no solo em função da adoção de novos usos ou sistemas produtivos. Assim, a grande vantagem da BioAS é que as enzimas, sendo mais sensíveis que a MOS, detectam com antecedência alterações que podem levar à melhora ou piora da saúde do solo em função do seu uso e manejo. Por exemplo, quando as enzimas indicam a piora da saúde do solo, gera-se uma oportunidade de revisão do sistema de manejo de modo a evitar, no médio a longo prazos, redução da MOS e possíveis perdas de produtividade.

É importante destacar que a BioAS é ofertada ao mercado pelos laboratórios habilitados pela Embrapa, como a GenomaA Biotech,  e que os dados obtidos nas determinações laboratoriais de cada amostra de solo são interpretados pela própria Embrapa, por meio de um sistema de algoritmos baseados em parâmetros obtidos a partir de uma rede de experimentos científicos realizados em diversas regiões produtivas (atualmente abrangendo o bioma Cerrado e o estado do Paraná). Estes parâmetros são progressivamente aperfeiçoados conforme o avanço das pesquisas, de modo que os resultados das análises de solo entregues aos clientes consistam em laudos de alta qualidade e consistência técnica.

Para a aplicação da Tecnologia BioAS, no que se refere às análises enzimáticas de solo e teores de matéria orgânica, é imprescindível que a profundidade de amostragem seja de 0 cm a 10 cm, porque esta é a camada diagnóstica. Sendo assim, na modalidade de análise BioAS Básica a camada diagnóstica é de 0 cm a 10 cm.

Na BioAS Completa, a camada diagnóstica para a análise das enzimas e MOS também é a de 0 cm a 10 cm, a qual também pode ser usada para a análise química de rotina. Alternativamente, para essa análise química também pode ser utilizado amostras coletadas na camada de 0 cm a 20 cm.

Os procedimentos para a amostragem de solo para a aplicação da Tecnologia BioAS são semelhantes aos adotados quando o solo é coletado para análises químicas.

Em áreas sob cultivos anuais, são feitas múltiplas coletas em linhas e entre linhas do último cultivo para formar uma amostra de solo composta por várias subamostras. O número de subamostras deve ser o suficiente para que a amostragem seja representativa da área (gleba, talhão etc.). A terra coletada deve ser seca ao ar e peneirada em peneira com malha de 2 mm.

A coleta de solo deve ser efetuada preferencialmente no fim do período chuvoso, após a colheita das culturas coincidindo com a amostragem para análise química de solo (quando o solo ainda apresenta alguma umidade, o que facilita a amostragem).

O ideal é enviar as amostras de solo o quanto antes para análise. Caso isso não seja possível, as amostras de solo podem ficar guardadas em local seco e arejado, sem exposição direta ao sol.

Porque essa enzima é influenciada pelo pH do solo (quando o pH aumenta, o nível de atividade da fosfatase ácida diminui e vice-versa). Os bioindicadores não devem ser influenciados diretamente por adubos ou por calcário.

Em vários estudos conduzidos na região do Cerrado, nem sempre o CBM ou a atividade de respiração foi capaz de detectar diferenças entre sistemas de manejo contrastantes (Peixoto et al., 2010; Silva et al., 2010, Mendes et al., 2016).

Após anos de estudos com bioindicadores na região dos Cerrados, em todos os experimentos/fazendas avaliados, as enzimas arilsulfatase e β-glicosidase foram os indicadores que consistentemente apresentaram maior sensibilidade para detectar alterações no solo em função do sistema de manejo. Por serem oriundas de microrganismos, plantas e animais e por possuírem componentes associados a organismos vivos e à fração abiôntica (enzimas produzidas pelos organismos vivos adsorvidas em partículas de argila e matéria orgânica), essas enzimas possuem um caráter integrador da biologia do solo, constituindo-se em “impressões digitais” dos sistemas de manejo aos quais o solo foi submetido.

Além disso, essas duas enzimas também atendem a outros critérios desejáveis para um bom bioindicador de qualidade do solo: precisão, coerência, sensibilidade, simples determinação analítica, estão ligados à ciclagem da matéria orgânica do solo e não são influenciados pela aplicação de adubos e corretivos. Outras vantagens importantes referem-se à adequação dessas duas enzimas para a amostragem de solo após a colheita das culturas e aos procedimentos adotados no pré-tratamento das amostras de solo para as análises de fertilidade química (secagem ao ar e peneiramento em malha de 2 mm).

Não. Os níveis de referência de atividade enzimática no solo variam em função das diferentes condições edafoclimáticas e das diferentes culturas. Atualmente a BioAS está formatada apenas para culturas anuais de grãos e fibras cultivadas no bioma Cerrado e no estado do Paraná.

Sim, tanto o tipo (classificação taxonômica) quanto a textura do solo. Em geral, os níveis de atividade enzimática aumentam com os teores de argila. Consequentemente, os níveis de atividade considerados adequados também são mais elevados em solos argilosos do que em solos arenosos.

A capacidade do solo de estabilizar e proteger enzimas está relacionada à sua capacidade de armazenar e estabilizar a matéria orgânica (afinal a enzima é uma molécula orgânica), que por sua vez é influenciada por propriedades estruturais do solo (textura, agregação, porosidade, etc.). Por essa razão, o aumento da atividade enzimática ao longo do tempo é um prenúncio de que o sistema está favorecendo o acúmulo de matéria orgânica do solo. Por serem mais sensíveis às possíveis alterações provocadas pelos sistemas de manejo do solo, esse aumento da atividade enzimática nem sempre está acoplado, nos primeiros anos após introdução de novo manejo, a aumentos detectáveis nos teores de matéria orgânica. Em sistemas agrícolas estabilizados (solo submetido ao mesmo uso e manejo por longo período), existe uma relação direta entre os níveis de atividade enzimática e a matéria orgânica do solo.

Os laboratórios habilitados pela Embrapa, como a GenomaA Biotech, executam as análises de solo. Em seguida, os resultados são transferidos, via internet, para o Módulo de Interpretação da Qualidade de Solo (MIQS), alocado em servidores da Embrapa, que executa a interpretação dos dados por amostra de solo, com base na Tecnologia BioAS. O resultado é então transferido para o laboratório, que gera o laudo final que é entregue ao seu cliente.

É feita por meio de algoritmos baseados em análises de regressão que avaliam a relação entre os níveis de atividade enzimática, o tipo e textura do solo e o rendimento de grãos das culturas, e ainda entre os níveis de atividade enzimática e a matéria orgânica do solo. Com essas regressões é possível delimitar classes de suficiência para os bioindicadores (Muito Elevado, Elevado, Médio, Baixo e Muito Baixo).

Além de seu uso pelos agricultores como suporte para tomadas de decisões de manejo com relação à saúde do solo, a BioAS é um Indicador Agroambiental (IAA) e também poderá ser utilizada como métrica em avaliações de sustentabilidade dos sistemas de produção agrícola, fortalecendo a inserção da nossa agricultura na bioeconomia local e mundial.

O objetivo da BioAS é auxiliar com relação à tomada de decisões sobre diferentes sistemas de manejo e/ou práticas de uso da terra e de seus impactos na qualidade do solo. Por exemplo, um valor de teste “baixo” para os níveis de atividade enzimática e para os escores dos Índices de Qualidade de Solo (IQS), pode ser um indício de que práticas de manejo inadequadas estejam sendo utilizadas. Os níveis críticos também podem ser entendidos como os valores desejáveis que devem ser mantidos para o funcionamento normal do solo. Entretanto, é fundamental avaliar a tendência de alteração dos indicadores (biológicos e não biológicos) ao longo dos anos, de modo a determinar se o sistema está em equilíbrio, declínio ou aumento da saúde/qualidade do solo.

Em termos de aplicação prática, o conhecimento e uso da BioAS pelos agricultores serão importantes tanto para incentivar aqueles que já estão adotando sistemas de manejo conservacionistas que propiciem elevado aporte de resíduos vegetais ao solo, quanto para alertar agricultores que utilizam sistemas de manejo que possam levar à degradação do solo.

Para maiores informações sobre a interpretação dos laudos da BioAS, sugerimos a leitura desse material: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1133431/tecnologia-bioas-padroes-de-laudos-e-suas-interpretacoes

Sim, a BioAS é acessível a todos os produtores, bastando que procurem os laboratórios habilitados na Rede Embrapa BioAS, como a GenomaA Biotech. Lembrando que, hoje, a BioAS está formatada apenas para culturas anuais de grãos e fibras do bioma Cerrado e no estado do Paraná.

Não, pois quando se trata de avaliação da fertilidade do solo, muitas vezes é importante avaliar camadas mais profundas do solo, de modo a direcionar recomendações de correção e adubação precisas para diferentes culturas.

Além disso, para a aplicação da BioAS Completa, deve-se analisar uma segunda amostra de solo, obtida em camada mais profunda, normalmente de 0 cm a 20 cm.

Há uma expectativa de lançamento da BioAS Pastagem, BioAS Cana, BioAS Café e BioAS Eucalipto para 2023/2024.

O entendimento do laudo de BioAS exige uma avaliação da qualidade do sistema de manejo adotado na propriedade agrícola. Se no resultado da BioAS o Índice de Qualidade Biológica do Solo apresentar valores baixos, há um forte indício de que sistemas de produção e/ou práticas de manejo inadequadas estão sendo utilizadas ou foram utilizadas em um passado recente (análises em anos subsequentes poderão diferenciar estas duas situações). Assim, o primeiro passo com relação à tomada de decisões é fazer uma avaliação criteriosa dos sistemas de manejo e das práticas agrícolas que estão sendo adotadas na propriedade. Em linhas gerais, algumas práticas de manejo que podem promover o aumento da qualidade biológica do solo são: cultivo com baixo grau de revolvimento do solo, rotação de culturas, maior diversidade de plantas no agroecossistema, presença de uma cobertura viva na época seca, presença de palhada sobre o solo, integração lavoura/pecuária, práticas de fertilização, correção e gessagem bem calibradas, regulagem adequada de máquinas, manejo integrado de pragas e doenças, dentre outras. No entanto, decisões sobre mudanças em sistemas de produção ou práticas de manejo serão específicas a cada área cultivada em cada propriedade e devem ser avaliadas pelo técnico responsável.

Agricultor, o solo é seu principal parceiro! Cuide bem da saúde dele com a Tecnologia BioAS.